Acabaste de delirar, agora aguenta-te, já ninguém te vai salvar. A partir do título do Blog concluímos que se trata de algo bastante produtivo, munido de características que acabarão por fazer dele um Bom Blog. No fim de tudo apercebemo-nos que afinal o Blog é mesmo mau. Preparem as facas e os xisactos, é o delírio.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Shame On You

- Desculpa, desculpa mesmo, desculpa tanto... - pede-lhe Ela.
- Mas deculpo o quê? - indaga Ele.
- Tu sabes... Tenho tanta vergonha...
- Mas do quê?
A vergonha e o pudor apoderara-se dela de tal forma que Ela nada mais consegue fazer ou dizer .
A cara ruboriza, todo o corpo estremece, a custo veste-se e corre dali para fora, não chegou a alcançar a escadas, morreu antes.
Mas morreu de quê? De vergonha.

WAAA!
And I have regretted that to this day...


Considerações da pessoa (?) que escreve (?):

A pessoa (?) que escreve (?) quer apenas dizer a vergonha não mata mas mói. E deixa cicatriz. Medo.


Epah, delirou.(mas só um bocadinho)

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Animal Relationship, Animal Feed

Ela pede-lhe que entre. Tinha sido uma noite agradável demais para ficar por ali, além disso, não era todos os dias que se encontrava um homem como Ele: inteligente, culto, sabe falar, sabe manter o interesse pela conversa, simpático, nada arrogante, divertido, sim, com um sentido de humor fantástico, querido, sabe o que uma mulher quer ouvir, com um olhar penetrante (que olhos lindos!), um sorriso confiante mas terno, feliz e o fato feito por medida deixava antever um corpo escultural. Ela simplesmente não se podia deixar ficar pela imaginação, tinha que aproveitar aquela dádiva vinda não se sabe muito bem de onde.
- Tens a certeza? Nós não nos conhecemos assim tão bem, se calhar ainda é c…
Ele não acabou a frase porque Ela se atracou ao seu pescoço, dando-lhe um beijo demorado, acabando por lhe morder o lábio inferior, roçando depois a sua cara pela dele até alcançar o seu ouvido, altura em que diz baixinho ‘quero-te’.
Não demorou mais de dois minutos até alcançarem a sala de jantar da casa dela. A mesa despida levou de súbito com dois corpos nus em cima (a roupa tinha ficado espalhada pelo corredor que antecedia a sala de jantar), corpos quentes que se desejavam mutuamente, corpos ofegantes, possuídos.
Ela pedia que Ele ficasse nela, enquanto Ele se passeava pelos seus seios, ela pedia sempre mais, entre dentadas, línguas e arranhões. Mais. Ele permanecia dentro dela e Ela a desejava-o cada vez mais. O clímax é atingido e os dois gritam. Beijam-se como se não houvesse amanhã.
Ela olha-o nos olhos penetrantemente e pede-lhe ainda com o coração aos saltos e as pernas a tremer de excitação: ‘DEVORA-ME!’
- Desejo concedido, dá-me só uns segundos.
Vira-se e dirige-se para a cozinha, deixando-a a apreciar o seu rabo bem tonificado. Aquando do seu regresso, trás uma faca na mão.
- Que vais fazer com isso?
- Satisfazer o teu desejo.
Dito isto, esfaqueia-a e deixa-a a esvair-se em sangue. Quando Ela finalmente morre, vai buscar o cutelo ao carro e desmembra-a, pela-a, tempera-a, frita-a, coloca-a num prato, pega num garfo e numa faca e dirige-se novamente para a sala de jantar e come-a pela segunda vez naquela noite, naquela mesa. Fá-lo vorazmente, devora-a – como aliás Ela havia pedido.
Será que lhe devia ter dito antes que era canibal?

WHOA!
Put your hands on me, I wanna feel the hungry fingers on my skin, I wanna eat it all, it’s all mine…

Considerações da pessoa (?) que escreve (?):

A pessoa (?) que escreve (?) quer apenas dizer que Ela foi literalmente comida por engano, se Ela se soubesse expressar correctamente, Ele tinha percebido que não era para levar à letra o que Ela lhe havia pedido, pode-se dizer então que foi uma questão de língua.
Aprende a falar português se não queres acabar frito (a) e também dá jeito que não dês demasiada confiança a desconhecidos… Ahh e homens com essas qualidades todas não existem - desconfiem sempre.


Epah, delirou.

In Darkness, Never Trust

Ela todos os dias se desce na mesma paragem e todos os dias percorre sozinha aquele caminho sombrio, escuro.
Ele todos os dias a vê e todos os dias imagina como seria fácil Ela ser assaltada naquele caminho.
Esperava-se por Ela ali, depois ia-se atrás dela… Como era fácil.
Seria mesmo assim tão fácil? Um dia experimentaria. Que estava Ele a dizer? Não era nenhum assaltante, nunca sequer havia cometido qualquer delito, que raio de desejo era aquele?
Ela desce-se e Ele segue-a. Havia levado uma faca consigo, claro que não tencionava usá-la, era apenas para tornar tudo mais real.
Quando a alcança, segura-lhe o braço direito e vira-a de frente para Ele (só aí percebeu quão bela Ela era), encostando-lhe entretanto a faca ao abdómen proferindo num tom ameaçador a frase que tanta vez lera nas legendas dos filmes americanos: ‘’se tens amor à vida, dá-me tudo o que tenhas de valor’’.
O plano estava bem delineado: segui-la, assustá-la, fazer com que ela lhe desse o dinheiro ou telemóvel ou qualquer outra coisa do género depois devolver-lhe tudo, dizer-lhe que era a brincar, para a avisar de que era perigoso e no fim convidá-la-ia para tomar um café com Ele (esta última parte foi decidida quando a olhou de frente).
Enquanto Ele se perdia na profundidade do olhar dela, Ela executou com incrível rapidez o acto de virar a faca e espetar com ela no abdómen dele.
Correu mal. Morreu.


WOW!
Knifes and needles, nice to know you… Goodbye…

Considerações da pessoa (?) que escreve (?):

A pessoa (?) que escreve (?) tem apenas alguns conselhos para dar, aproveitem a época de saldos, que estão baratinhos:
Se calhar o caminho por onde vão não é mesmo o mais seguro… Já pensaram nisso?
Não reaja, a quente, podem cometer alguma injustiça.
Não tomem nada por garantido, não tomem decisões assim, há que ponderar todas as possibilidades.
Expressem bem os vossos objectivos, se não forem claros o suficiente podem dar-se mal.
Cuidado com as armas que usam, elas podem ser usadas contra vocês. - mais importante: têm capacidade para as usar?
Não mudem de objectivos quando já vais a meio do plano.
E pronto, posto isto só resta dizer:

Epah, delirou.